Estamos acompanhando as
manifestações de docentes da Rede Municipal de Educação em Goiânia que têm
ocorrido desde o mês de setembro deste ano. As reivindicações da categoria vão
de solicitação de ações para reduzir a precariedade das escolas da rede até
questões salariais como o piso e o auxílio de difícil acesso. O auxílio de
difícil acesso hoje é pago a cerca de 40% dos/as docentes, e uma das
reivindicações da classe é que não se aprove a lei do Executivo em relação ao
“auxílio locomoção”, que apesar de pretender ampliar o pagamento para 100%
dos/as docentes reduz o valor do benefício de maneira considerável, além de não
contemplar os/as trabalhadores/as administrativos/as. Tendo em vista as grandes
dificuldades que muitos/as professores/as enfrentam por trabalharem muito
distantes de suas residências, entendemos como infundada a possibilidade de uma
redução desse valor que sequer supre o desgaste que esses/as trabalhadores/as têm
enfrentado para ter acesso ao local de trabalho. Além disso, reivindicam-se
também melhorias salariais como o pagamento do piso nacional e a redução da
carga horária de 40h para 30h semanais. Os/as professores/as reclamam sobre a
falta de condições estruturais das escolas que há muito tempo tem interferido
de maneira negativa no ensino da Rede Municipal.
Diante
das negativas da prefeitura de Goiânia em negociar com a categoria e a coação
para que se retomem as aulas imediatamente sob ameaças de corte de ponto,
desconto dos dias parados e até demissão, a Associação de Pós-graduandos da Universidade
Federal de Goiás, APG–UFG vem, por meio desta nota, expressar seu apoio aos/às
professores/as da Rede Municipal de Ensino de Goiânia, uma vez que não podemos
aceitar esse tipo de atitude arbitrária do governo que desrespeita o direito
adquirido dos/as trabalhadores/as de realização de greve. É evidente também que
a greve dos/as professores/as se dá em decorrência do descaso dos governantes
com a educação pública, tanto com a classe de trabalhadores/as na educação
quanto com os/as estudantes que não têm assegurado o direito a uma educação de
qualidade.
Aproveitamos
o ensejo para manifestar apoio aos/às professores/as do Rio de Janeiro, que também
estão em greve, e repudiar as ações de truculência da Polícia Militar do Rio de
Janeiro contra esses/as professores/as que estão lutando por melhorias na
educação, causa que deveria ser uma das prioridades em todos os governos.
Goiânia, 09/10/13
APG-UFG Gestão 2013/2014